quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Não preciso ser um gênio para ser humano;
Sabe, tenho poucos anos de vida, não chego a duas décadas, mas nesse tempo aprendi tanta coisa... Aprendi que nunca se deve pagar na mesma moeda, essa é sempre a pior opção para dizer a alguém que o que ela fez com você não foi legal. Aprendi a ser menos ansiosa e imediatista. Nem tudo pode ser no meu tempo. Aprendi que mulheres são como maçãs, e que amigos são jóias raras pelas quais não precisamos pagar em dinheiro. Aprendi a ser menos possessiva. Não sou dona de nada e nem de ninguém. Aprendi que da vida só se leva a vida que se levou. Aprendi que você pode dizer o que quer a quem quer. Depende de como se diz, e que pensar duas vezes antes de dizer pode ser pouco. Aprendi que mesmo numa noite cinzenta ou dia nublado, a lua e o sol estão lá! É somente uma nuvem... Logo a brisa leva. Aprendi que é uma delícia o vento no rosto quando andamos de bicicleta. Aprendi que crianças são os seres mais verdadeiros que habitam esse planeta. Se gostam dizem, e se não gostam, também. Pena que crescem e perdem essa pureza... Aprendi que a minha voz que as pessoas escutam não é a voz que eu acredito ter. Assim como minha personalidade. Aprendi a correr, a usar o photoshop e fazer florzinha de crochê. Aprendi que, mesmo sendo difícil, o bom humor é sempre melhor que o mau humor. Aprendi que certos sorrisos que vemos nos lábios de certas pessoas em certos momentos não têm preço. Descobri que cerveja de trigo é uma delícia. Aprendi que crescimento exige sacrifício. Sempre. Aprendi que esse sentimento melancólico que sinto durante a TPM passa junto com ela. Por isso, a partir de agora, tento não dividi-lo com ninguém e que muitas vezes as pessoas preferem falar a ouvir, então aprendi a conversar comigo mesma. Aprendi a desejar sempre o bem mesmo pra quem eu sei que me deseja o mal. Aprendi que remoer dores e dissabores não é legal e descobri que preciso aprender a lidar melhor com o sentimento de frustração. Ele me arrasa. Aprendi que Vita Brevis. "Talvez esta seja nossa única vida." Aprendi que atenções e carinhos podem se divididos. Não sou a única na vida de ninguém. Aprendi que não dependo de um celular e que adoro o inverno Aprendi que nem todo ano temos inferno astral e que comprar algo para alguém no seu nome pode ser uma roubada. Aprendi que posso ser eu mesmo sendo moderna. Que anestesia geral não é o bicho de sete cabeças que eu acreditava ser. Aprendi que o devagar às vezes pode ser urgente. E que a grande felicidade pode ser feita de pequenas alegrias. Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram. Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem. Aprendi que saber ganhar a vida não é a mesma coisa que saber vivê-la. Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance. Aprendi que viver não é só receber, é também dar. Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir. Mas se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho, procurando fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo. Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto. Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros. Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano - segurar na mão, receber um abraço afetuoso ou simplesmente um tapinha amigável nas costas. Aprendi que ainda tenho muito que aprender. Aprendi que não estudar para a prova me deixa mais feliz e assim eu acabo indo melhor, por estar inspirada (ou porque tenho boa memória). Aprendi que Química sempre foi minha paixão, mas que acompanhada dela vinha a música. Aprendi que o essencial é invisível para os olhos. Aprendi que não consigo dormir sem um livro na cabeceira da cama. Aprendi que ler bula de remédio, algumas vezes, ajuda... afinal, saber das contra indicações é sempre bom. Aprendi que, usando a lógico, garoto que não tem aquário em casa não gosta de mulher e que cinco sapatos mais cinco sapatos são dez sapatos, mesmo de olhos fechados. Aprendi que não posso exigir amor de ninguém. Que ser gentil é mais importante do estar certo. Aprendi a amar... e aprendi que tudo o que aprendi foram meus erros que me ensinaram. E que eu me arrependo. Não posso viver com aquela história de que não me arrependo do que fiz, que tudo foi uma perfeita construção para chegar ao que sou agora. Não! Eu me arrependo. Penso que podia ter feito certo da primeira vez. Se pudesse voltar atrás e corrigir alguns, pelo menos, alguns dos meus erros, eu voltaria! Mas, me contradizendo agora, como dizem por aí, errar é humano, e o que seria de mim sem os erros?
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