sexta-feira, 5 de março de 2010

Falem bem, falem mal, mas falem de mim!

Um tal de Joc Falkson escreveu esta obra-prima: "Aos 20 anos, preocupamo-nos com o que os outros pensam de nós; aos 40 anos, não ligamos para o que os outros pensam de nós; aos 60, descobrimos que eles nunca pensaram em nós". Agora considere as noites de sono perdidas por causa de críticas maldosas, as mágoas que você carrega contra seus analistas negativos, as amizades que perdeu por dar importância ao que supôs que falaram de você. Não é preciso chegar aos 60 anos para descobrir que não falaram mal de você, mas apenas alguém falou que outro alguém tinha falado que alguém falou de você. Entendeu? Se não entendeu, melhor. Já que não lhe foi dado domínio sobre a boca de ninguém, nada melhor do que pensar que ninguém joga pedras em laranjeira seca. Não adianta sequer emitir julgamento sobre quem o criticou, em primeiro lugar porque você não sabe se é verdade que foi criticado; segundo, não sabe se ele disse exatamente o que você pensa que ele disse; terceiro, você não tem menor idéia da intenção de quem falou; quarto, no contexto, qualquer frase desabonadora pode ser, na verdade, elogio; em quinto lugar, pode até ser que a intenção de que lhe contou seja gerar inimizades, nada mais. Por tudo isso, não vale a pena esquentar a cabeça. Ao chegar aos 60 anos de idade, concluirá que nunca pensaram em você. Na pior das hipóteses, faça como aquele sujeito que dizia: "Falem bem ou mal, mas falem de mim." A melhor coisa que você pode fazer é levar tudo na base do bom humor: não correrá risco de revidar ofensa que não houve, não agredirá sua saúde, não criará abismo entre você e quem quer que seja. A vida ensina que as pedras rolam e voltam a encontrar-se. Esteja preparado para que o encontro seja agradável e positivo. Muitos não sabem que, para fazer brilhar a estrela delas, não é necessário apagar a dos outros. Outro detalhe: se alguém falou mal de você, o problema é dele, não seu. Sorria complacente, até porque é muito provável que, a esta altura, o outro já esteja arrependido. Sempre é bom recordar que você é o que pensa que é e não o que os outros dizem. Nade a favor da correnteza, fazendo amizades, aproveitando o lado bom das críticas, desligando-se das ofensas e tolerando os críticos - e você será pessoa saudável e benquista. Você não tem domínio sobre os outros, mas tem domínio sobre si mesmo. Escolha o melhor para si, que você merece. Mas nunca esqueça que existe alguém ao seu lado, tão desejoso de liberdade quanto você, tão interessado em fazer e acontecer (brilha eu, brilha você, faço eu, faça você, o nosso dia... ACONTECER!) quanto você, talvez tão castigado e estressado quanto você. Você não é um ser único no mundo. Na verdade, você é você e mais a humanidade à qual pertence, de tal maneira que, ao perturbar alguém, está se perturbando a si mesmo; ao prejudicar o próximo, está se prejudicando a si mesmo. Você não consiguirá ser uma pessoa benquista e bem-sucedida se repudiar seu semelhante. Quando tem vontade de dar soco até a lua, veja se quem está ao seu lado merece este tratamento. Liberdade não é fazer o que você quer mas o que é melhor para si e para a humanidade. Como dizia aquele pensador: "É fácil amar a humanidade; o difícil é tratar bem as pessoas com as quais convive." Posso assegurar-lhe, porém, que essa sua nova experiência de olhar também para o lado e colocar-se na pele dos que aí estão, lhe tratá enormes satisfações e, à noite, com certeza você dormirá melhor. É bom saber que xingar é altamente estressante tanto para quem xinga quanto para quem é xingado; rir é imensamente saudável tanto para quem ri quanto para quem é dirigido o sorriso. Por isso, decidi que mudar é bom! Certo sim, que algumas mudanças não são tão bem vindas quanto outras... mas enfim, seja indiferente com aqueles que pensam em falar de você. Pense: 'de hoje em diante, é assim que vai ser!'

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